HOMENS VIOLENTO E O SUICÍDIO – UMA ABORDAGEM SENSÍVEL (SETEMBRO AMARELO)

Setembro Amarelo (Homens violentos)

Homens violentos e o suicídio, uma abordagem sensível.

A interconexão entre comportamentos violentos masculinos e o risco de suicídio é um assunto multifacetado, demandando uma análise sensível e cuidadosa. Embora inicialmente possam parecer conceitos dissociados, existe uma relação que se desdobra em profundas camadas da psicologia humana, questões sociais e influências culturais.

A violência perpetrada por homens muitas vezes encontra suas raízes em dinâmicas de poder, traumas, inseguranças e conflitos de identidade. É importante ressaltar que esses indivíduos frequentemente enfrentam dificuldades para gerenciar suas próprias emoções, e a agressão muitas vezes pode ser  usada como uma forma de afirmação ou para mascarar o sofrimento interno. Contudo, a sociedade frequentemente restringe a expressão emocional saudável para homens, incentivando a aderência a padrões de masculinidade rígidos que desencorajam o reconhecimento de  vulnerabilidades e a busca por apoio em situações adversas.

À medida que a violência persiste, muitos desses homens podem experiementar um aumento da alienação social, sentimento de isolamento e uma diminuição da autoestima. A pressão interna gerada pode contribuir para o desenvolvimento de problemas de saúde mental, como depressão e ansiedade, muitas vezes em decorrencia da supressão emocional que ocorre dentro de um ciclo, dos quais são fatores de risco bem documentados para o suicídio.

Por sua vez, o suicídio é decorrente de uma série de fatores interligados, incluindo saúde mental precária, isolamento social, carência de apoio emocional e um sentimento de desesperança, entre outros. Homens envolvidos em comportamentos violentos frequentemente enfrentam um risco aumentado, uma vez que as mesmas pressões sociais que os levaram à violência podem também dificultar a busca por ajuda para suas dificuldades emocionais.

Tanto a prevenção da violência quanto a prevenção do suicídio requerem abordagens abrangentes que reconheçam a complexidade dos desafios enfrentados por esses homens. Isso inclui conscientizar a sociedade sobre a importância da expressão emocional saudável, questionar estereótipos de masculinidade prejudicial e promover ambientes nos quais os homens se sintam à vontade para procurar auxílio. Essa necessidade justifica a importância de abordagens sensíveis e compassivas.

Oferecer alternativas construtivas para lidar com a raiva, o estresse e outras emoções intensas pode interromper o ciclo da violência e, consequentemente, reduzir os fatores de risco para o suicídio. Além disso, é fundamental que profissionais de saúde mental estejam preparados para abordar a complexidade dessa relação, evitando julgamentos e proporcionando um espaço seguro para a exploração dessas questões, quando os homens estiverem nos serviços de saúde.

Em última análise, a conexão entre comportamentos violentos masculinos e suicídio exige uma abordagem global que combine transformações na mentalidade social, educação, suporte emocional e acesso a tratamentos de saúde mental. Somente por meio de esforços coordenados e empatia genuína poderemos almejar a redução do impacto devastador dessa realidade complexa.

Toda pessoa que sentir necessidade de um apoio emocional pode ligar gratuitamente para o CVV – Centro de Valorização da Vida.

Telefone: 188
Ou entrar em contato pelo chat:   https://www.cvv.org.br/chat/ 

WhatsApp
Facebook
Twitter
LinkedIn

+ posts